Invernia e cogumelos

Depois de certos contratempos, uns técnicos, outros de saúde, consegui finalmente arranjar tempo para me agarrar ao computador e voltar a partilhar algumas fotos do que de quando em vez tenho oportunidade de ver e registar.

Inverno

Nestes dias de Inverno os meus gatos são a minha companhia habitual e, enquanto esperam pelo calor da lareira, juntam-se a mim no sofá quase como analisando o que vou fazendo.

Zuca

Zico

Lá fora o vento atravessa os campos e ruge em uníssono com o som do mar, que aqui se faz também ouvir, criando um ambiente propício para pôr em dia algumas memórias fotográficas que me transportam, por momentos, para fora de portas e ao mesmo tempo para dentro destas páginas.

Ilha do Pessegueiro

O Mar

Consigo assim ter tempo para ordenar as várias imagens que vou captando, das quais destaco as dos diversos tipos de cogumelos que vou encontrando à volta da casa ao longo do Outono e Inverno e algumas das quais agora aqui revelo.

 Cogumelos

Alguns são por mim bem conhecidos e facilmente nomeáveis, outros não os consegui ainda identificar com a certeza necessária para poder também compartilhar o seu nome.

 Cogumelo

Cogumelo

Cogumelo

Cogumelo

Vários destes fungos fazem lembrar as formações de corais que se podem encontrar num qualquer ambiente marinho tropical, esquecendo-nos por breves instantes do bosque ou montado onde verdadeiramente nos encontramos.

Cogumelo

Cogumelo

Cogumelo

Cogumelo

Cogumelo

Uns, com as suas cores garridas, chamam a atenção e não passam despercebidos enquanto que outros, camuflados no meio envolvente, quase escapam aos olhos que prescutam os ambientes diversos onde crescem.

Cogumelo

Cogumelo

Cogumelo

Cogumelo

Cogumelo

Cogumelo

Têm todos porém algo em comum na sua diversidade. Irradiam uma invulgar beleza que, ainda que estranha, nos cativa pelo seu ar frágil e efémero.

Cogumelo

Cogumelo

Cogumelo

Cogumelo

Lepiota Procera

Com a chegada do Outono e depois da chuva, é nas madrugadas frias e debaixo da neblina que a Natureza nos presenteia com uma das suas mais extraordinárias visões, os cogumelos.

Lepiota Procera

De todas as variedades que a classe dos fungos revela, uns comestíveis, outros venenosos, aqui à volta do Monte debaixo das orlas dos pinheiros ou dos sobreiros, todos os anos tenho a possibilidade de poder apanhar uma das espécies mais apreciadas e abundante em Portugal, a Lepiota Procera ou como é vulgarmente conhecida no Alentejo, a Púcara. Noutras partes do país tem outros nomes tais como Frade, Gasalho, Cogordo, Marifusa, Róculo ou Parasol.

Lepiota Procera

A sua forma ovóide inicial dá lugar a um chapéu magnífico que pode atingir um diâmetro considerável de até cerca de 40 cm. O seu exterior com um mamilo central castanho escuro e as suas escamas acastanhadas com uma textura esfarrapada faz lembrar as velhas vestes dos frades medievais, donde um dos seus nomes. Tem um pé alto e um anel que se solta do manto e fica livre, correndo ao longo do pé quando manuseado. A sua carne é branca e sedosa com cheiro a avelã.

Cesto de Púcaras

Em dois dias consegui dar com muitos e bons exemplares que, grelhados com azeite, alhos e um pouco de sal deram um petisco simples mas fantástico.

Cesto de Púcaras 

 

Farol do Cabo Sardão

Integrado no programa “Ciência Viva no Verão” e com a preciosa colaboração da Direcção dos Faróis decorreu no passado fim-de-semana uma visita ao Farol do Cabo Sardão.

Farol do Cabo Sardão

Implantado na falésia da Ponta do Cavaleiro e com uma vista espectacular sobre a costa Sudoeste de Portugal, este farol só começou a funcionar em Abril de 1915, ainda fazendo valer a sua luminosidade graças à incandescência pelo vapor de petróleo.

Cabo Sardão

Cabo Sardão

Cabo Sardão

Os muitos participantes, que acorreram no sábado e no domingo, foram recebidos na sala de entrada do Farol que tem a particularidade de estar virada para o mar, sendo a única de entre todos os faróis da nossa costa a apresentar esta particularidade. Isto deve-se ao facto de aquando da construção do Farol, o plano ter sido lido ao contrário.

Farol

Após uma pequena palestra sobre a história dos Faróis na nossa costa, conduzida pelo Faroleiro-chefe Osvaldo e subidas as escadas de acesso ao torreão, puderam então os visitantes apreciar a maquinaria e o grupo óptico que constituem o farol actual , bem como a parte antiga, toda ela em perfeito estado de funcionamento.

Farol

Farol

Farol

Farol

Farol

Farol

Desde que foi electrificado em 1950 e em 1984 ligado à rede eléctrica de distribuição pública, a fonte luminosa é uma lâmpada de 1000 watts estando a operar totalmente automatizado. Com um alcance de até 23 milhas náuticas, foi possível assistir ao seu acender (simulação manual) continuando os visitantes atentos às explicações dadas pelo faroleiro.

Farol

Farol

Após a visita todos ficaram com uma ideia bem vincada do papel fundamental que os faróis representam na navegação marítima ao mesmo tempo que encerram uma imagem que nos transporta para um imaginário ligado ao mar.

Pôr do Sol

SW08

O Festival do Sudoeste é uma festa que atrai, invariavelmente, uma multidão de visitantes heterogénea, constituída maioritariamente por jovens e que fazem da Zambujeira do Mar um lugar quase de culto.

SW08

O espírito de “todos ao molho e fé em Deus” tem vindo gradualmente a mudar com as infraestruturas do recinto a melhorar e com os comerciantes locais a dar uma resposta mais eficaz à avalancha de pessoas que em pouco mais de 4 dias chega a atingir os 40.000 indivíduos. Mesmo assim subsistem algumas queixas principalmente em relação ao lixo acumulado e que estraga muito a imagem idílica que os veraneantes e turistas sazonais procuram.  Paradoxalmente o cartaz deste ano nem se revelava muito apelativo em termos musicais mas, em contrapartida, a vontade de fazer parte de um grupo tão extraordinário arrastou, à mesma, todos para a herdade da Casa Branca.

Praia da Zambujeira

Aparte o frenesim sonoro que se faz ouvir num raio de vários quilómetros a partir do local do concerto, são a Zambujeira e as suas praias que fazem as delícias dos que aqui acorrem. É vê-los, a partir do fim da manhã, a invadir as ruas da aldeia a caminho dos cafés e dos areais para retemperar as forças e tornando-se numa imagem de marca com todo aquele colorido e burburinho únicos.

Zambujeira do Mar

Praia da Zambujeira

O tempo ajudou e, curiosamente, só depois de todos abandonarem o recinto é que uma chuva miudinha se fez sentir em jeito de despedida de uma semana bem passada entre a música e o mar.

Praia da Zambujeira

Praia da Zambujeira

FACECO

Decorre em S. Teotónio, desde o dia 17 e até amanhã, dia 20, a FACECO – Feira das Actividades Culturais e Económicas do Concelho de Odemira, a maior mostra pública das características e potencialidades do concelho.

Faceco

Faceco

Faceco

Sendo um Concelho dividido entre o mar e a serra e onde a maior parte das pessoas vive maioritariamente em torno da actividade agrícola ou pecuária, muitas em pequenas aldeias ou montes, isolados uns dos outros, é forte a aposta na terra, nos seus produtos e nas suas gentes.

Faceco

 O turismo tem-se concentrado ao longo da orla marítima do Concelho mas as características do interior potenciam o seu desenvolvimento ligado a este sector. Os visitantes além de tomarem contacto com essas características, através dos expositores presentes, podem ainda apreciar alguns artesãos locais a desenvolverem a sua actividade quotidiana à frente de quem passa.

Faceco

Faceco

Faceco

Faceco

Faceco

Faceco

Faceco

Através de projectos culturais e de intervenção social dos quais se destacam, por exemplo, a TAIPA e a Fundação Odemira, muitas actividades são relançadas de modo a permitirem a sua continuidade e requalificação social e económica. As populações locais podem ainda procurar e integrar programas de formação a vários níveis para que possam adquirir uma cada vez maior qualificação pessoal e comunitária, com a qual o Concelho possa contar para evoluir e competir nos próximos anos.

Faceco

Faceco

Faceco

Depois de visitar os pavilhões e antes da animação e concertos musicais nocturnos começarem, pode-se ainda visitar o “Museu do Medronho” e observar o modo como se faz a destila de tão apreciada aguardente. Depois da explicação sobre o modo como tudo se processa pode-se ainda saborear um cálice desse cada vez mais raro e genuíno néctar obtido dos frutos do medronheiro.

Faceco

Faceco

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